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26.2.09

blog vicia

Sim, vicia. Veja meu exemplo: comecei neste mundo anos atrás, meu primeiro blog foi um blig, o "em aberto". Era lindinho e eu publicava só minhas poesias. Tinha amigos que tinham blogs também e nós povoávamos os comentários uns dos outros. Era divertidíssimo.
Mas o blig me oferecia poucos recursos e com uma poesia de despedida transportei o "em aberto" para o weblogger. Ficou mais contemporâneo, eu também estava. Ainda se centrava nas poesias. Um dia deu um pau no programa e eu nunca mais pude responder os comentários dos meus leitores.
Deletei os dois blogs e disse que esta fase havia passado. Mentira. Pouco menos de um ano depois eu já estava inscrita no blogger, mas não sabia o que eu queria publicar. O Micasuper_rock ainda cozinhou por mais um ano até eu colocá-lo no ar mesmo.
De lá pra cá, este blog já passou por três fases. Primeiro decidi que queria mais que poesias. Os textos feministas eram a bola da vez. Comecei a escrever em primeira pessoa. Caí para o lado cultural e por fim, personalizei os textos - exatamente como na maioria dos blogs. Isso é engraçado... e gostoso.
Não bastasse isso tudo, criei o Micaela Huertas - design de interiores, para divulgar meu trabalho.
Tenho agora dois grupos de trocas de comentários, a galera do rock e a galera do trampo. Por vezes acho que seria mais fácil fundir os dois blogs, mas eu perderia o Micarock... ah ele é tão lindo...
Blog vicia, eu sei. Mas recomendo.

19.2.09

Super designers: Irmãos Campana



Um breve olhar faz muita gente pensar que se trata de mais uma dupla de designers de algum outro lugar do mundo. Mas este lugar é o Brasil e esta dupla é uma das responsáveis por nos tirar do estereótipo "caipirinha, carnaval, futebol, biquíni, favela e miséria", mostrando um design contemporâneo que ganhou o mundo. Fernando e Humberto Campana nasceram em Brotas, interior o de São Paulo, cidade aliás excelente para passar o fim de semana (fica a duas horas daqui e tem muitas cachoeiras e esportes de aventura). Mudam-se para a capital para a faculdade, Humberto em Direito e Fernando em Arquitetura. Desde então, são cerca de 20 anos de carreira e cadeiras, muitas cadeiras.

Esta é a minha preferida: a Cadeira Vermelha de 1988. Mas na verdade conheci-a numa versão em branco na Casa Cor de 2007 e depois a vi em prata - chiquérrima - no Hotel Unique/SP.

Aqui a dupla aparece com a poltrona Sushi (2002) um bom exemplo dos materiais que em geral utilizam: Poliuretano, EVA, feltro, plásticos e tecidos. Há ainda muitas criações em ferro e acrílico. Seu design é considerado simples e cotidiano, devido ao uso destes elementos. Viajam pelo mundo todo, fazendo exposições pessoais e coletivas, workshops, palestras e cursos. Ganharam inúmeros prêmios, têm suas obras expostas nos principais museus do mundo e são reconhecidos pela crítica especializada como designers de maior criatividade deste início do século XXI. Isso sim é orgulho nacional.

18.2.09

Para destruir dois mil anos de cultura

Bombas não são preciso. Muitas já foram lançadas durante estes anos. Quero destruí-la internamente. O título vem da música do Atari Teenage Riot, que eu adoro. A reflexão não. Esta começou com a ideia de desconstrução da sexualidade pra reconstrução consciente, coisa do feminismo. Como se desconstroi uma sexualidade sem se esbarrar nestes 2000 anos de cultura? Então o processo só ficou mais complexo e beirando os 32 anos quase não tenho respostas.
Mas tenho algumas certezas. Tenho certeza de que Deus não é tão mal assim. Tenho certeza de que tudo é uma questão de escolha. Tenho certeza de que gosto de homem. Tenho certeza de que não quero ter filhos e de que a felicidade existe mesmo assim. Tenho certeza de que não vou para o inferno. Tenho certeza de que uso meu cérebro menos do que eu posso e que pra isso me falta tempo. Tenho certeza de esses dois mil anos me custaram um dente quebrado, uns quilos a mais, muitos arrependimentos, mais indignações e anos de terapia, que só começaram.
Há ainda o isolamento. Conheço apenas uma pessoa com quem posso falar sobre isso e a terapeuta não entra na conta de pessoas num nível social. Tenho um amigo. Um cara que entrou tanto neste processo que até virou feminista. Hoje acredito que de feminista, ele ascendeu (quase como os Kardecistas) para um questionador geral dos padrões culturais que nos determinam, de forma extremamente filosófica e científica. Nada de ficar discutindo a nova propaganda do Dove...
Destruir 2000 anos de cultura é um sonho. Uma utopia necessária. O mundo é tão assim que não acredito que chegaremos a isso. Mas em mim ela terá um fim. Eu não vou perpetuar esta cultura. Da minha boca não sairá uma frase, ao menos percebida, que a reafirme. Escolho esta dolorosa reflexão para que dela eu tenha novas certezas. Fico mais tranquila assim.

13.2.09

Designer pra quê?

Para o seu banheiro não ficar assim:




Porque tem coisas que só um designer de interiores não faz para você.





Imagina se todos esses vasos estivessem ocupados... você pode conversar enquanto...



Apoiar os pés? Desnecessário...