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1.9.13

30 rock: 36 dói


Fazer 36 anos está doendo já faz uns dois meses. Sensação de velhice mesmo. Aquela coisa de está mais perto dos 40 do que dos 30, agravada pela expectativa de vida para minha geração, que indica que 40 é metade dela. Dói.
Dói porque insatisfação é meu nome do meio. Insatisfação. Não ingratidão. Sei o que está bom, o que conquistei, o que vale ser aplaudido. Mas há pontos cruciais na minha vida, que afetam meu cotidiano, que venho lutando como uma vaca e só tomando na cara. E já tenho 36 e ainda estou tomando na cara sem saber como é que vou fazer pra mudar isso.
Se eu tivesse escrito este texto até o dia 30, daqui pra frente ele seria cheio de reflexões sobre estas questões. Sobre minhas dúvidas existenciais e minhas faltas. Entretanto, hoje é o primeiro dia do meu próximo ano, um domingo de sol lindo e eu estou de bom humor.
Entre as muitas mensagens lindas e calorosas que recebi (carinho aquece né!?), uma me lembrou a amiga Priscila Valdes dizendo em um ano novo que passamos juntas "preste atenção em como será o seu primeiro dia, porque essa será a sintonia do seu ano" ou algo assim que a velhinha aqui já não lembra as palavras exatas, mas lembra da conversa que é o importante. 
Então, começo meu novo ano com esperança (novamente, essa coisa estranha que não me abandona). Pode ser bom de novo, posso fazer novas escolhas, vai que dessa vez acerto! Mais do que isso, começo meu novo ano escrevendo. Estou escrevendo desde as 7h, quando acordei (não este texto apenas, várias coisas). Porque escrever é parte daquilo que me dá sentido e faz 36 anos parecer 23.